Aqui pode-se ler :

"No âmbito da Medida 2 "Formação e Estágios em PME" do Programa INOV-JOVEM, foram aprovados 33 projectos, responsáveis por 199 acções de formação e estágio nos domínios de intervenção abrangidos pelo Programa. No total, estes projectos envolvem 2.806 jovens."

Sempre tive as minhas reticências sobre este tipo de iniciativas, confesso que ideologicamente são interessantes mas na prática revelam-se instrumentos de outra natureza. Deveria servir para ajudar os jovens a entrar no mercado de trabalho e ao mesmo tempo criar valor acrescentado nas as empresas.

Mas como bons e genuínos portugueses, adulteramos sempre o sistema. As PME's sem cultura de empreendimento em recursos humanos, vêm neste tipo de projectos uma forma de arranjar mão de obra barata, qualificadada e , infelizmente, descartável. Depois de um belo período de tempo, em que o jovem trabalhador já poderá começar a ser mais produtivo para a empresa porque tem mais conhecimento e maior enquadramento profissional, esta decide cortar o vinculo no final do projecto e fazer mais uma candidatura ao Programa XPTO.

Isto apenas revela um pouco de como tem sido a nossa cultura desde que entramos na UE, na altura CEE, somos uns completos parasitas, passivos à espera que nos atribuam verbas para gastar.

Pena que os responsáveis por estes programas não levem mais a sério estas iniciativas. Inspeccionar as empresas que albergam estes jovens trabalhadores, procurar saber como está a decorrer a sua integração na empresa e como será o seu futuro. E não ficar à espera apenas de um simples relatório final.

Síndrome do "P'ro ano há mais".